Companhias árabes suspendem voos para Beirute devido a ataques de Israel

Dez companhias aéreas árabes suspenderam hoje as ligações com o aeroporto internacional de Beirute, o único em funcionamento no Líbano, devido aos bombardeamentos israelitas, que na segunda-feira causaram cerca de 500 mortos.

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© MAHMOUD ZAYYAT/AFP via Getty Images

Lusa
24/09/2024 11:10 ‧ 24/09/2024 por Lusa

Economia

Médio Oriente

O aeroporto Rafic Hariri de Beirute anunciou hoje o cancelamento de mais de 40 voos.

 

Entre as companhias que suspenderam os voos encontram-se a Etihad, dos Emirados Árabes Unidos, a Qatar Qatar Airways, a Royal Jordanian e a Emirates, do Dubai, segundo a agência espanhola EFE.

Outras companhias aéreas, como a Air France, a Turkish Airlines ou a alemã Lufhansa, que operam habitualmente voos para o Beirute, já tinham anunciado a suspensão das ligações.

A Air France anunciou hoje o prolongamento da suspensão dos seus voos até 01 de outubro inclusive, "devido à situação de segurança no destino".

A companhia aérea está, no entanto, a "operar normalmente" nos voos de e para Telavive, que foram retomados no sábado, disse um porta-voz da companhia à agência francesa AFP.

De acordo com a página do aeroporto de Beirute na internet, nove companhias aéreas cancelaram até agora os voos de e para a capital libanesa, enquanto sete companhias aéreas suspenderam os voos até hoje à noite.

A Emirates foi a primeira a confirmar a suspensão de mais um voo para quarta-feira.

A companhia aérea nacional do Egito, EgyptAir, também anunciou hoje a suspensão de todos os voos para Beirute, atribuindo a decisão aos "desenvolvimentos no Líbano".

Os cancelamentos estão relacionados com a intensificação dos bombardeamentos de Israel, que atingiu diferentes zonas do sul e do leste do Líbano.

As autoridades libanesas divulgaram um balanço de 492 mortos e mais de 1.600 feridos nos ataques de segunda-feira.

O exército israelita anunciou hoje que realizou novos bombardeamentos contra infraestruturas e armamento do movimento xiita libanês Hezbollah.

O Governo israelita disse que os ataques visam supostas posições e armazéns de armas da organização apoiada pelo Irão.

O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza desde há quase um ano.

A ofensiva foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 07 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo Israel.

Os atacantes também fizeram duas centenas de reféns que levaram para Gaza.

O Hamas, que governo Gaza desde 2007, contabilizou mais de 41.400 mortos desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.

Leia Também: Médio Oriente. G7 alerta para perigo de um conflito mais vasto na região

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