Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice alargado S&P500 acabou em terreno inédito, depois de uma valorização de 0,40%, enquanto o seletivo Dow Jones Industrial Average e o tecnológico Nasdaq ganharam respetivamente 0,62% e 0,60%.
"Foi um bom dia para estar no mercado", sintetizou Kim Forrest, da Bokeh Capital Partners.
Wall Street tinha ficado bem orientada desde a noite de quarta-feira, depois de os resultados do fabricante de semicondutores Micron terem excedido as expectativas.
Hoje, o título fechou em alta de 14,73%.
Os analistas saudaram em particular as previsões do grupo de Boise, no Estado do Idaho, sensivelmente acima do esperado.
"Além dos números da Micron, isto valida a tese de que o efeito IA [inteligência artificial] continua a funcionar", comentou Kim Forrest.
Mas a praça nova-iorquina também foi animada pelas notícias vindas da China.
Durante uma reunião da Comissão Política do Partido Comunista Chinês, os dirigentes reafirmaram que a China esforçar-se-ia por "atingir os objetivos" de crescimento anual de cinco por cento.
Segundo as notícias divulgadas pela Agência Nova China, os responsáveis também consideraram necessário avançar com um plano de relançamento orçamental.
Trata-se um complemento às medidas de alívio monetário anunciadas na terça e quarta-feira pelo banco central chinês.
"A China fez 'volte-face' e renunciou á linha dura sobre a manutenção dos equilíbrios orçamentais", observou Kim Forrest.
O outro desenvolvimento positivo veio, em particular, do recuo das novas inscrições para o subsídio de desemprego, que recuaram para o mínimo de quatro meses.
Por sua vez, as encomendas de bens duradouros ficaram estáveis em agosto, quando era esperada uma contração.
Apesar deste bom ambiente, Patrick O'Hare, da Briefing.com, avisou que "vai ser difícil subir mais", porque "as valorizações estão elevadas".
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