O PIB da principal economia europeia já registou uma contração de 0,3% em 2023, mas até agora previa-se que houvesse um crescimento de 0,3% em 2024.
Segundo as novas previsões, após dois anos consecutivos de recessão, o Governo antecipa um crescimento de 1,1% para o próximo ano e de 1,6% para 2026.
A revisão em baixa das previsões de crescimento ocorre após uma série de notícias negativas para a Alemanha, nomeadamente o congelamento em setembro de um grande projeto da Intel no país e o anúncio pela Volkswagen de um possível encerramento de fábricas e de despedimentos.
O ministro da Economia, Robert Habeck, reconheceu que a economia alemã "não regista um crescimento forte desde 2018".
"A recuperação está mais uma vez atrasada [...]", admitiu Habeck em conferência de imprensa, na qual atribuiu a evolução negativa da economia alemã - no terceiro trimestre poderá entrar em recessão técnica - a fatores conjunturais e sobretudo estruturais.
A economia alemã, que durante muito tempo beneficiou de energia a baixo preço devido aos acordos de fornecimento de gás russo e de exportações dinâmicas, nomeadamente para a China, enfrenta agora os efeitos da guerra na Ucrânia e da debilidade da procura mundial, numa altura em que aumentam as tendências protecionistas.
Ao mesmo tempo, a Alemanha enfrenta desafios estruturais, como o envelhecimento da população, o aumento da concorrência da China, uma burocracia pesada e uma transição ecológica complexa.
O Governo prevê, no entanto, que a partir de finais de 2024, a dinâmica de crescimento comece a reforçar-se.
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