Rochtchina, uma jornalista independente que colaborou com os meios ucranianos Ukrainska Pravda e Hromadske, tinha desaparecido em agosto de 2023, quando procurava chegar aos territórios ucranianos invadidos pela Federação Russa na região de Zaporijjia, no sul do país, segundo meios ucranianos.
A União dos Jornalistas Ucranianos anunciara nove meses mais tarde que o seu pai, Volodymyr, tinha recebido a confirmação das autoridades russas que Victoria Rochtchina estava "detida no território da Federação Russa".
Na quinta-feira, o porta-voz do centro ucraniano para os prisioneiros de guerra, Petro Iatsenko, anunciou na televisão: "Infelizmente, a informação sobre a morte de Victoria foi confirmada".
Acrescentou também que "é cedo para falar das circunstâncias da morte; está-se a trabalhar para as estabelecer".
Seguindo o meio russo independente Mediazona, Rochtchina morreu durante uma transferência de uma prisão de Taganrog, no sudoeste da Federação Russa, para Moscovo.
Sem confirmar esta informação, Iatsenko indicou que "o facto de estar a ser transferida de Taganrog para Moscovo era uma etapa com vista à sua libertação".
A organização não governamental Repórteres sem Fronteiras [RSF] avançou, em comunicado, que "as autoridades russas nunca deram informação sobre a sua detenção, apesar dos pedidos incessantes da família, das autoridades ucranianas e da RSF.
Apelou aos dirigentes russos para que "esclareçam todas as circunstâncias da sua detenção e da sua morte".
Iatsenko disse ainda que "cerca de 25 jornalistas ucranianas estão atualmente em cativeiro na Federação Russa", enquanto outros são considerados desaparecidos.
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