O plano ainda em preparação e que será apresentado aos parceiros de desenvolvimento do país, numa mesa-redonda, cuja data e local ainda estão por definir, é uma sugestão do Banco Mundial (BM) e do Banco Europeu de Investimentos (BEI), da União Europeia, principais financiadores do projeto.
Reforçar a integração da Guiné-Bissau nos blocos sub-regionais africanos é outro dos objetivos do plano, que visa construir cerca de 1.500 quilómetros de estradas asfaltadas e dezenas de quilómetros de pistas rurais, afirmou José Carlos Esteves.
"O Banco Mundial e a União Europeia, através do BEI, entenderam que não é possível continuar a investir na Guiné de forma aleatória de acordo com as prioridades de degradação das infraestruturas que vão aparecendo", declarou o ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo.
Com apoio de consultores internacionais, o ministério tutelado por José Carlos Esteves desenhou um plano nacional do setor dos transportes e logística para ser executado em 15 anos e que vai permitir ao país dotar-se de uma rede de estradas, pistas rurais, pontes e aeroportos.
A rede dos transportes terrestres e marítimos, por exemplo, vai permitir ao país desencadear o processo de produção agrícola, bem como desenvolver os setores da pesca, indústria, minas, comércio e turismo, assinalou o ministro.
A seguir, prosseguiu José Carlos Esteves, vai desenhar-se o que é preciso para dotar o país de portos, aeroportos e caminhos-de-ferro, a partir dos quais será possível desenvolver as minas de produção de fosfatos em Farim, no norte, e do bauxite no leste.
Em relação às pontes, o ministro referiu que, no âmbito do plano, serão construídas "n pontes" para ligar várias localidades da Guiné-Bissau separadas por rios e riachos.
José Carlos Esteves adiantou que serão construídas pontes de grande porte, como a que liga as duas margens da cidade de Farim, cujo processo disse estar já em andamento, com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Até fevereiro próximo serão iniciadas as obras para a construção de uma ponte no Canal de Imperial, que liga a zona norte de Bissau à vila de Nhacra, permitindo uma segunda saída da capital guineense, precisou.
O plano contempla ainda a construção de quatro pontes de pequeno porte na estrada que liga a vila de Suzana à estância balnear de Varela, no norte, bem como as localidades de Boé e Tchetche, no leste, acrescentou.
O aeroporto de Bissau, atualmente em obras de requalificação através de uma empresa turca, e a reconstrução da pista de aviões de pequeno porte na localidade de Cufar, no sul, também fazem parte do plano de desenvolvimento do setor dos transportes e logística da Guiné-Bissau, disse José Carlos Esteves.
Leia Também: Apreendido em Espanha navio com droga proveniente da Guiné-Bissau