"Nas reuniões com a tutela nunca nos foi transmitida qualquer limitação para o número de comboios para linha de alta velocidade", garantiu Pedro Moreira, que foi ouvido na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, a pedido do Bloco de Esquerda, para esclarecimentos sobre o plano de negócios da CP -- Comboios de Portugal.
Em julho, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, disse, no parlamento, que não seriam comprados tantos comboios quantos a CP queria para a alta velocidade, porque isso lhe daria uma quota de mercado de 80%, e que queria privados a operar em concorrência naquele serviço.
"Quero deixar claro que nós não temos qualquer pretensão de estarmos a operar o serviço de alta velocidade de forma isolada, como monopólio, aliás, o serviço que estamos a propor irá ocupar, numa fase inicial, no máximo 40% de capacidade da infraestrutura e, numa segunda fase, 20% ou menos de capacidade", adiantou o presidente da CP, sem adiantar o número de comboios previsto no plano de negócios que já foi entregue ao Governo e que aguarda uma decisão para se poder avançar com o concurso.
O presidente da CP adiantou que a empresa tem estado a trabalhar diretamente com a tutela o plano de negócios e que, até ao momento, recebeu "sempre apoio ao objetivo de implementação do serviço de alta velocidade".
Já quanto à internacionalização para Espanha, Pedro Moreira apontou que o plano da empresa é implementar o serviço da alta velocidade em território nacional, em primeiro lugar, e depois expandir os serviços para o país vizinho, tal como aconteceu com os outros operadores de países europeus.
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