A análise deste barómetro, hoje divulgado, aponta que a melhoria dos indicadores de confiança dos consumidores e das empresas em todos os setores, em setembro, permite antecipar um final do ano com resultados favoráveis.
A isso junta-se um terceiro trimestre com mais dias úteis que no período homólogo, o que leva a previsão da CIP/ISEG a manter inalterado o crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,8%.
O documento estima que entre julho e setembro a evolução em cadeia do PIB "se tenha mantido fraca", apontando para uma previsão entre 0,0% e 0,2%.
"O Barómetro CIP/ISEG estima que, no terceiro trimestre, a evolução em cadeia do PIB se tenha mantido fraca, entre 0 e 0,2%, continuando o consumo privado a constituir a componente com maior contributo para o crescimento da economia", refere um comunicado hoje divulgado.
Em sentido inverso, o investimento "poderá mesmo ter diminuído relativamente ao segundo trimestre e o contributo da procura externa líquida terá continuado a ser negativo".
A nível setorial, o barómetro aponta para melhorias nos serviços e no comércio a retalho, mas que estas foram contrariadas pela produção industrial.
Citado no comunicado, o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, referiu que, apesar das perspetivas de melhoria da conjuntura económica no final do ano, "é particularmente preocupante a ausência de sinais de relançamento do investimento".
"Um crescimento baseado unicamente no dinamismo do consumo nunca poderá ser sustentado. Neste contexto, é vital a aceleração da execução do PRR e do Portugal 2030", apelou.
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