Cepsa muda de nome após 90 anos para Moeve

A Cepsa anunciou hoje a mudança de nome para Moeve, um marco para uma empresa com mais de 90 anos e que, com este passo, pretende refletir o compromisso com a energia e a mobilidade sustentáveis.

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Lusa
30/10/2024 10:48 ‧ 30/10/2024 por Lusa

Economia

Cepsa

"A Cepsa cumpriu a sua missão ao longo deste século, mas a Companhia Espanhola de Petróleos já não representa tão fielmente o que somos e o que seremos, como faz a Moeve", afirmou o presidente executivo, Maarten Wetselaar, durante a apresentação da nova marca aos trabalhadores, em Madrid.

 

A implementação da nova marca em todos os seus postos vai ter início em novembro, a um ritmo de cerca de 600 por ano, até atingir mais de 1.800 que tem em Espanha e Portugal.

A empresa vai também lançar uma campanha publicitária global.

Para além do nome, a chegada da Moeve representa uma mudança de imagem através de um 'design' pensado para o mundo digital e de novas cores identificativas, com o vermelho da Cepsa a desaparecer para dar lugar ao azul.

Estas alterações culminam um novo marco no quadro do plano estratégico Movimento Positivo 2030, ao mesmo tempo que respondem ao seu objetivo de acelerar a sua descarbonização e a dos seus clientes através de um investimento de até 8.000 milhões de euros, anunciado há dois anos, dos quais mais de 60% são destinados a negócios sustentáveis.

Esta rubrica inclui atividades como a produção de hidrogénio 'verde', biocombustíveis de segunda geração (2G) e produtos químicos sustentáveis, bem como a instalação de carregadores elétricos ultrarrápidos.

Atualmente, a empresa está a desenvolver o Vale do Hidrogénio Verde da Andaluzia, o maior projeto apresentado até à data na Europa, que em 2030 espera ter uma capacidade de 2.000 megawatts (MW), e tem promovido a criação do primeiro corredor marítimo que liga Algeciras e Huelva a Roterdão (Países Baixos).

Da mesma forma, está a desenvolver aquele que será o maior complexo de biocombustíveis 2G do sul do Velho Continente, localizado em Palos de la Frontera (Huelva), com uma capacidade de produção anual de um milhão de toneladas de combustível de aviação sustentável - SAF - e diesel renovável.

A Moeve já comercializa estes combustíveis sustentáveis em sete dos principais aeroportos espanhóis e em mais de sessenta portos.

Por outro lado, a rede de estações de serviço da Moeve conta com mais de 160 pontos de carregamento ultrarrápido em funcionamento e prevê terminar o ano com 400 construídos, para o desenvolvimento de uma das maiores redes de carregamento elétrico ultrarrápido da Península Ibérica.

Este ano, a energética anunciou também a venda dos seus ativos de exploração e produção na Colômbia e no Peru, após o desinvestimento realizado em Abu Dhabi em 2023, o que representa a venda de cerca de 70% dos seus ativos de produção de petróleo.

"A Cepsa sempre foi empreendedora: construiu o primeiro poço operado em Espanha, foi o primeiro fabricante espanhol de lubrificantes, criou as primeiras unidades petroquímicas de aromáticos na Europa", recordou Wetselaar.

A Companhia Espanhola de Petróleo foi criada em 1929 como a primeira petrolífera privada de Espanha.

Leia Também: Bruxelas aprova compra da Gasib da Cepsa pela chilena Abastile

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