A Fed sinaliza, no comunicado divulgado após a reunião de dois dias, que os indicadores recentes "sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido" e que, desde o início do ano, "as condições do mercado de trabalho melhoraram em geral e a taxa de desemprego aumentou, mas permanece baixa".
"A inflação registou progressos em direção ao objetivo de 2%", aponta, mas "permanece algo elevada".
Assim, o Comité de Política Monetária da Fed (FOMC, na sigla em inglês) decidiu baixar o intervalo da taxa diretora 25 pontos base para 4,5% a 4,75%. O voto foi unânime, ao contrário da reunião de setembro, quando um dos governadores votou contra a redução de 50 pontos base.
Quanto ao caminho futuro, a Fed indica que "ao considerar ajustes adicionais ao intervalo-alvo para a taxa dos fundos federais, o Comité avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspetivas e o equilíbrio dos riscos".
O Comité assegura ainda assim que "está fortemente empenhado em apoiar o emprego máximo e o regresso da inflação ao objetivo de 2%".
Esta decisão chega depois das eleições presidenciais realizadas na terça-feira terem resultado no regresso de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Na última reunião do comité, em setembro, a Fed avançou com uma redução dos juros de 50 pontos base, no que foi o primeiro corte desde que iniciou este ciclo de política monetária, na sequência da pandemia de covid-19, no qual subiu juros pela primeira vez em março de 2022 e aumentou as taxas diretoras por mais dez vezes, até julho de 2023.
Antes disso, a última redução das taxas diretoras tinha acontecido em 16 de março de 2020, numa resposta à quebra económica provocada pela pandemia.
[Notícia atualizada às 19h59]
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