"[...] Algumas questões são positivas, como a da mobilidade. Os trabalhadores podem, em algumas situações, pedir mobilidade com uma situação remuneratória acima da que tinham, mantendo uma fidelização por um prazo de três anos", afirmou a presidente do STE -- Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Maria Helena Rodrigues, em declarações aos jornalistas, após a reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido.
Contudo, o STE quer ver reduzido este período e apresentou uma proposta para que passe a ser de dois anos.
De acordo com a sindicalista, o Governo ainda vai analisar esta proposta e confrontá-la com as que foram apresentadas por outros sindicatos.
Maria Helena Rodrigues insistiu que esta reunião, que se prolongou além do previsto, serviu para esclarecer algumas dúvidas relativamente às alterações à lei geral do trabalho, nomeadamente, além da mobilidade, questões relacionadas com a greve e com as férias.
Questionada sobre as alterações em matéria do regime de férias, a presidente do STE referiu que o que está em causa é o rateamento que é proposto, ou seja, que tem em conta os últimos quatro anos, acima dos dois abrangidos no setor privado.
"Sabemos que a Administração Pública é uma organização que muito diz para os cidadãos portugueses. Quando o cidadão quer ver resolvida alguma coisa na altura em que tem as suas férias e chega aos serviços e estes não têm capacidade de resposta por falta de trabalhadores, o cidadão discorda e diz que os serviços não funcionam bem. São todos estes mecanismos que devem ser melhorados", precisou.
Já sobre a diferença do rateamento entre os setores público e privado, defendeu que tudo deve ser feito com bom senso, assinalando que a dimensão de alguns serviços públicos é maior do que a dos privados.
Esta tarde a Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública e a FESAP -- Frente Sindical da Administração Pública ainda vão reunir com o Governo.
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