Numa nota enviada à agência Lusa hoje de manhã, a empresa diz que fez tudo para evitar esta paralisação e que "continua empenhada em manter as negociações com os trabalhadores para pôr termo a estas divergências".
O ML esclarece que em reunião de negociação realizada na segunda-feira, a transportadora "apresentou às organizações sindicais propostas concretas e credíveis, acolhendo os procedimentos reivindicados para os anos de 2023 e seguintes, relativamente à maioria das remunerações variáveis em causa (quatro das sete situações em discussão)".
A empresa propôs ainda a continuação das negociações relativamente às restantes variáveis, bem como para a revisão do Regulamento de Carreiras, conforme proposta já apresentada.
"Esta abertura do Metropolitano de Lisboa para alcançar soluções equilibradas em benefício de todas as partes envolvidas, não teve o necessário acolhimento por parte das organizações sindicais, não obstante os avanços verificados e o espírito construtivo que presidiu às negociações", refere a empresa.
Na nota, lamenta que "apesar dos seus esforços não tenha sido possível alcançar um acordo que se traduziria na melhoria imediata das condições remuneratórias dos seus trabalhadores e evitaria os transtornos causados pela greve aos seus clientes".
A empresa diz ainda esperar que na reunião já agendada para o prosseguimento das negociações, seja possível um entendimento estrutural e duradouro", reiterando que, "neste momento, não exige qualquer dívida ou pagamento em atraso aos seus trabalhadores".
Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem hoje uma greve parcial, que se repete no dia 10 de dezembro, entre as 05h00 e as 10h00, para exigir a resolução dos "incumprimentos sucessivos" da transportadora quanto a pagamentos das denominadas variáveis, ou seja, trabalho suplementar e feriados, e o cumprimento do Acordo de Empresa.
A empresa informa os utentes que, devido à greve, se prevê uma paralisação do serviço de transporte hoje e no dia 10 de dezembro nas primeiras horas da manhã, devendo a circulação estar normalizada a partir das 10h30.
Normalmente, o serviço funciona entre as 06h30 e as 01h00 nas quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).
Em 06 e 14 de novembro, foram também cumpridas duas paralisações parciais que tiveram uma adesão a rondar os 90%, segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), e que levaram à não abertura de todas as estações até meio da manhã.
Na semana passada, os sindicatos admitiram que as greves podem ser suspensas se obtiverem uma resposta positiva do conselho de administração às suas reivindicações.
[Notícia atualizada às 07h08]
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