Luís Delgado falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito dos requerimentos dos grupos parlamentares do Livre e do PS sobre a situação em que se encontra o grupo, que detém 17 marcas, entre as quais a Visão.
Na sua intervenção, o jornalista e presidente da Trust in News (TiN) adiantou que a administração tentou "encontrar saídas".
"Chegámos ao PER [Processo Especial de Revitalização] com a ideia absoluta (...) de que teríamos o tempo" necessário para encontrar o equilíbrio entre os custos e as receitas da empresa.
"Não conseguimos, não fomos nós que levamos a empresa ao pedido de insolvência", salientou Luís Delgado, ou seja, só se avançou para isso porque "a Autoridade Tributária e a Segurança Social recusaram a aprovar o PER" (Processo Especial de Revitalização).
Questionado sobre quando percebeu que a TiN não era rentável, Luís Delgado disse que percebeu logo depois da sua compra.
"Quando é que percebi que tinha um grupo que não era rentável? Percebi um mês depois de ter comprado, dois meses, cinco anos depois, percebi sempre", afirmou.
A dona da Visão, Jornal de Letras, Exame, entre outros, está em insolvência e tem assembleia de credores marcada para 29 de janeiro.
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