De acordo com os dados preliminares do Índice de Preços no Consumidor (IPC) divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, a taxa subjacente -- que não inclui alimentos frescos nem energia -- aumentou duas décimas, para 2,6%, em termos homólogos.
A evolução do IPC geral deveu-se, principalmente, ao aumento dos preços dos combustíveis, que tinham descido em dezembro do ano passado, e também a um aumento dos preços do lazer e da cultura, face ao mesmo mês de 2023.
A taxa de inflação em Espanha sobe há três meses consecutivos, desde o mínimo de 1,5% atingido em setembro, invertendo a tendência descendente dos quatro meses anteriores, desde o máximo de 3,6% assinalado em maio.
Por sua vez, a inflação subjacente situou-se no intervalo entre 2,5% e 3% durante nove meses, desde abril, com dois meses em que desceu para 2,4% (setembro e novembro).
Em termos mensais, os preços no consumidor registaram uma variação de 0,4% em dezembro, face a novembro, o maior aumento da taxa de inflação mensal num mês de dezembro desde 2021, conforme detalhado pelo INE.
Quanto à taxa de variação anual estimada do IPCA -- indicador harmonizado -- situou-se em 2,8%, quatro décimas acima da registada no mês anterior, e a variação mensal foi de 0,4%.
O Ministério da Economia, Comércio e Negócios salientou, em comunicado, que tanto a inflação geral como a subjacente têm vindo a reduzir-se continuamente ao longo do ano, o que permitiu que o IPC geral fechasse 2024 nos 2,8%, face à média de 3,6% de 2023.
"Esta redução evidencia a eficácia das medidas de política económica implementadas, que estão a permitir conciliar o maior crescimento das principais economias da zona euro e a continuação da redução da inflação", acrescentou o Governo na mesma nota.
O valor final da inflação de dezembro vai ser publicado no dia 15 de janeiro.
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