Só duas em cada 10 casas (19%) em Portugal têm seguro com cobertura de risco sísmico. Os dados foram divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), na segunda-feira, quando se registou um sismo na região da Grande Lisboa.
"Em Portugal, 53% das habitações têm seguro. 34% têm seguro de incêndio ou multirriscos, mas sem cobertura de risco sísmico e apenas 19% têm seguro com cobertura de risco sísmico", diz a APS, em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Nesta senda, a APS deixa um conselho: "A APS convida todos a verificarem que coberturas de seguro têm contratadas para a sua casa. Não é por demais lembrar que é nas casas que está a principal poupança dos portugueses. Por isso ser tão importante proteger essa poupança".
Segundo o IPMA, o sismo registado na segunda-feira teve epicentro a cerca de 14 quilómetros do Seixal, no distrito de Setúbal, e uma magnitude de 4,7 na escala de Richter. Foi sentido com intensidade máxima em Sintra (Lisboa) e Almada (Setúbal) e com menor intensidade nalguns concelhos da região Centro ao Algarve, revelou o IPMA.
"Portugal encontra-se numa zona sísmica e já foi seriamente afetado por um dos maiores sismos de que há registo, ocorrido em 1755 e que então arrasou parte da cidade de Lisboa e outras zonas do país. Não estamos perante uma mera incerteza, mas sim perante um verdadeiro risco, de ocorrência certa, em momento incerto", considera a APS.
A APS diz que "já por diversas vezes apresentou ao Governo e ao Parlamento uma solução estruturada e integrada de proteção de pessoas e habitações em caso de ocorrência de uma sismo".
Porém, "enquanto esse sistema não é criado, há soluções individuais de seguro para ajudar a proteger os cidadãos e empresas das perdas decorrentes de um sismo", diz a APS, acrescentando que "ter seguro pode fazer toda a diferença nestas circunstâncias".
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