"Apesar de resultados financeiros mais baixos (-20,7 milhões de euros) fruto do aumento do custo médio da dívida, o resultado líquido superou o do ano anterior, tendo registado um valor de 152,5 milhões de euros (+2,2%)", indicou, em comunicado, a empresa.
Para esta evolução contribuíram os impactos fiscais positivos e o reconhecimento de 5,6 milhões de euros relativos à CESE -- Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético, depois de o Tribunal Constitucional ter decidido favoravelmente a dois recursos apresentados no segmento do gás.
Em 2024, a REN obteve 506,1 milhões de euros de resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA), o que reflete uma quebra de 1,5%.
O EBITDA foi impactado, em Portugal, pela redução da rentabilidade dos ativos regulados, em particular, no segmento do gás.
A atividade internacional tinha beneficiado, em 2023, de um proveito extraordinário não recorrente de quatro milhões de euros.
Por sua vez, o investimento (capex) subiu 22,2% para 368,4 milhões de euros.
Já a dívida líquida (excluindo desvios tarifários) baixou 1% para 2.388,5 milhões de euros.
No ano passado, o consumo de eletricidade teve uma subida de 1,3%, em comparação com o ano anterior, enquanto o consumo de gás natural cedeu 17,3%.
A energia proveniente de fontes renováveis representou 70,2% do fornecimento de energia, mais 9,6%.
O Conselho de Administração da REN vai propor, na assembleia-geral de acionistas, o pagamento de um dividendo relativo a 2024 de 15,7 cêntimos por ação, um crescimento de 2% relativamente a 2023.
A reunião vai ter lugar no dia 15 de abril.
Na sessão de hoje da bolsa, as ações da REN retrocederam 1,57% para 2,50 euros.
[Notícia atualizada às 17h26]
Leia Também: Renováveis abastecem 78% do consumo de eletricidade em fevereiro