De acordo com o comunicado, os dois vice-líderes conversaram a pedido de Pequim.
"Trocaram impressões sobre as alterações tarifárias em curso no cenário internacional", lê-se na nota oficial, na qual os dois responsáveis enfatizaram a "defesa do multilateralismo e do sistema internacional de comércio baseado em regras, com o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC)".
A China é o país mais atingido pela guerra tarifária que Donald Trump desencadeou nas últimas semanas contra quase todo o mundo, tendo as suas importações para os Estados gradualmente os 145%.
Em resposta, Pequim anunciou na sexta-feira que tinha aumentado as tarifas sobre todos os produtos norte-americanos de 84% para 125% e avisou que iria ignorar as futuras tarifas de Washington, considerando que já não têm qualquer efeito económico.
No caso do Brasil, as suas exportações para os Estados Unidos foram taxadas a 10%, embora o país também vá sentir o impacto das tarifas de 25% que Trump impôs sobre o aço e o alumínio.
Ao contrário da China, o Brasil ainda não respondeu a estas medidas unilaterais e está em contacto com os Estados Unidos para tentar reduzir estas tarifas ou, no caso do aço e do alumínio, negociar quotas de exportação.
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