Portugal vai ter em breve vistos destinados à captação de talento
O secretário de Estado Adjunto do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, afirmou hoje de que "muito brevemente" Portugal vai ter vistos destinados à captação de talento.
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Economia Pedro Lomba
Pedro Lomba falava na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, onde o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, foi ouvido.
"Vão aparecer dentro de muito brevemente novos vistos destinados à captação de talento em Portugal, não se tratava de um slogan", mas de "uma realidade que vai ocorrer", disse o secretário de Estado perante os deputados.
Pedro Lomba adiantou ainda que gostaria de internacionalizar o programa Escolhas.
"Gostaríamos de internacionalizar o programa Escolhas, lançar projetos-piloto que internacionalizem" o programa "nos locais de maior fluxo de portugueses no estrangeiro", sublinhou o secretário do Estado.
O Escolhas é um programa governamental de âmbito nacional, criado em 2001, promovido pela Presidência do Conselho de Ministros e integrado no Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural -- ACIDI, cuja missão é promover a inclusão social de crianças e jovens de contextos socioeconómicos vulneráveis, visando a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social.
Na sua intervenção, Miguel Poiares Maduro destacou o Plano Estratégico para as Migrações (PEM), cuja consulta pública terminou na terça-feira e que obteve várias contribuições, nomeadamente de portugueses a residir no estrangeiro.
O PEM tem entre os seus eixos principais o desenvolvimento de políticas de incentivo, acompanhamento e apoio ao regresso de portugueses emigrantes a Portugal, permitindo reverter o défice demográfico do país.
Miguel Poiares Maduro disse que o Governo pretende que os cidadãos portugueses de origem estrangeira ou de segunda geração "tenham uma participação ativa na sociedade" portuguesa, ou seja, que sejam "cidadãos de corpo inteiro".
O governante apontou que "sair de um país pode ser positivo se for por vontade", mas "quando é feito por necessidade económica já não é necessariamente positivo".
Poiares Maduro admitiu que no período de crise em Portugal o número de emigrantes portugueses aumentou, mas salientou ser "importante dizer que esse aumento já estava a ocorrer desde 2007". Além disso, considerou que o aumento do fluxo emigratório também foi produto "da própria natureza do processo de integração europeia".
Apontou que em 2007, citando dados do Observatório das Migrações, saíram de Portugal 90.000 pessoas e em 2013 foram 110.000, "uma diferença de 20.000".
A preocupação do Governo é "tornar o país de novo atrativo" e atrair empreendedores que residam no estrangeiro, estudantes internacionais e talento.
"Os fundos europeus vão apoiar ações de qualificação e ações de internacionalização das universidades portuguesas no sentido de captarem alunos estrangeiros e investigadores internacionais", disse Poiares Maduro.
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