Num comunicado a assinalar o Dia Mundial da Energia, que hoje se comemora, a Quercus diz acreditar que "mais empregos verdes poderão ser criados, nomeadamente na fabricação e instalação de produtos energeticamente eficientes".
Para a organização, "as oportunidades para a criação de novos postos de trabalho serão maiores nos setores dos edifícios e transportes".
A Quercus refere um estudo da Cambridge Econometrics, divulgado no ano passado, segundo o qual o fabrico de viaturas elétricas ou híbridas "irá criar postos de trabalho e a procura de novas competências, por exemplo, na produção de baterias, manutenção especializada e controlo de emissões", bem como na exportação destes veículos.
Por outro lado, espera-se a criação de "empregos altamente qualificados" no âmbito da eficiência energética dos edifícios.
"Haverá a procura de novas competências em lidar com novos materiais e tecnologias, processos de construção sustentável, planeamento, gestão e o cálculo da pegada de carbono, por exemplo", considera a organização.
A Quercus lembra ainda que um aumento dos "empregos verdes" levará a uma procura de "trabalhadores altamente qualificados nas áreas de gestão, auditoria e consultoria".
"A falta de competências neste setor irá certamente retardar todo o processo", acrescenta a nota.
Em Portugal, a Quercus afirma que os maiores níveis de emprego na área da eficiência energética são os que estão ligados ao fabrico de máquinas e equipamentos que permitem a produção de bens energeticamente mais eficientes.
A associação aponta os exemplos de dois 'clusters' em Viana do Castelo e em Aveiro, que empregam centenas de pessoas, e cuja maior parte da produção se destina para exportação.