Capoulas Santos, que falava aos jornalistas após visitar a V Bienal do Azeite, em Castelo Branco, sublinhou que é necessário continuar a procurar mercados para escoar a produção, que é absorvida a nível externo, em quase dois terços, pela Espanha e pelo Brasil.
"Temos de diversificar mercados", afirmou, apontando os Estados Unidos como "um mercado apetecível" (embora as exigências técnicas impeçam, atualmente as exportações portuguesas de azeite), e realçando o potencial da China, para onde Portugal já comercializa azeite.
Apesar do aumento da produção, as estatísticas mostram que o consumo de azeite em Portugal recuou ligeiramente no ano passado, uma diminuição que o ministro da Agricultura considerou "conjuntural", embora tenha admitido a necessidade de apostar na promoção das qualidades nutricionais desta gordura saudável, interna e externamente.
Questionado sobre as razões do aumento do preço do azeite, que disparou quase 20% em 2015, Capoulas Santos referiu que está provavelmente relacionado com "um maior reconhecimento da qualidade" deste tipo de produtos.
Destacou ainda que o Governo tem como objetivo equilibrar a balança comercial agrícola, em valor até 2021, para o qual contará com os fundos da União Europeia, através do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).
Outro dos objetivos do Governo passa pela instalação de 10 mil novos jovens empresários agrícolas até 2020, para contrariar o envelhecimento da população que se dedica a esta atividade e que coloca Portugal no topo dos países da União Europeia com maior percentagem de agricultores com mais de 65 anos.