"A pergunta chave é como sairá a Turquia desta crise e enfrenta as consequências, algo que será crucial não apenas para o país, mas para toda a região e para as suas relações com a União Europeia", disse, em conferência de imprensa, no final da cimeira do Encontro Ásia-Europa (ASEM), que terminou hoje em Ulan Bator, capital da Mongólia.
Tusk assegurou que agora "é demasiado cedo para especular sobre as consequências" da tentativa de golpe, já que continua a haver desenvolvimentos no país.
"A situação parece estar sob controlo em Istambul, mas ainda está longe de estar estabilizada", observou.
O líder europeu sublinhou que "os desafios da Turquia não podem solucionar-se com as armas".
"Os golpes militares já não têm lugar numa Turquia moderna. Não há alternativa à democracia e ao Estado de Direito", frisou.
"A nossa esperança e intenção é manter a Turquia como um parceiro-chave em todas as suas dimensões", acrescentou.
A Turquia é um importante vizinho da UE, com a qual encetou negociações para aderir ao bloco em 2005, apesar de o processo quase não ter avançado nos últimos anos, e é um país-chave no trânsito para a Europa de imigrantes procedentes da Ásia, sobretudo refugiados sírios.
Militares rebeldes puseram em marcha na sexta-feira uma tentativa de golpe de estado que o Governo e os serviços secretos dão há horas como fracassada, embora admitindo que permanecem bolsas de resistência.
Segundo o mais recente balanço, feito pela Procuradoria turca, pelo menos 60 pessoas morreram esta noite no país no decurso da tentativa de golpe.