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Numa mensagem televisiva, o primeiro-ministro, do partido de esquerda Syriza, anunciou a reposição do 13.º mês, para os 1,6 milhões de beneficiários de pensões abaixo dos 850 euros mensais, que havia sido suprimido aquando da adoção de medidas de austeridade com vista a reduzir as despesas do Estado.
O governante anunciou também que vai adiar "enquanto durar a crise dos refugiados" o aumento do IVA, acordado com os credores - Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE), Mecanismo Europeu de Estabilidade e Fundo Monetário Internacional (FMI) -, nas ilhas do Egeu oriental, onde estão atualmente mais de 16.000 migrantes e refugiados.
As medidas anunciadas hoje terão um custo de 617 milhões de euros, estimou Tsipras, em dia de greve geral contra o reforço da austeridade, enquanto o Governo representantes dos credores negoceiam uma reforma laboral crucial para concluir a avaliação do pacote de resgate do país, com pontos de vista totalmente opostos.
O Governo quer restaurar os contratos coletivos de trabalho, eliminados em 2012 no âmbito do resgate da Grécia, e cujo restabelecimento foi uma das principais promessas eleitorais de Tsipras nas eleições de 2015.
A Grécia não aceita também as exigências dos credores de liberalizar ainda mais os despedimentos coletivos e restringir o direito à greve.
As instituições credoras, por seu lado, rejeitam o restabelecimento dos contratos coletivos de trabalho até que termine o atual programa de resgate ao país.