Operadora Oi realiza assembleia-geral para votar plano de recuperação

A operadora de telecomunicações brasileira Oi realiza hoje no Rio de Janeiro uma assembleia-geral com credores na qual pretende colocar em votação seu plano de recuperação judicial.

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Lusa
19/12/2017 06:10 ‧ 19/12/2017 por Lusa

Economia

Credores

A assembleia-geral da Oi, que já foi adiada quatro vezes por decisão judicial, promete ser conturbada.

Segundo informações publicadas pelo jornal brasileiro Folha de S.Paulo, os acionistas da empresa fundo Société Mondiale e a Pharol (antiga Portugal Telecom) vão fazer comunicações formais aos credores a informar que o Plano de Recuperação Judicial aprovado pelo Conselho Administrativo da Oi é ilegal.

A própria Pharol enviou na última sexta-feira um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no qual "insatisfeita" afirmou estar com o plano de recuperação da Oi sobre o qual disse reconhecer um "cenário de arbitrariedades e desrespeito" pela governação adotada.

Na véspera da reunião com os credores, a Société Mondiale entrou com uma série de recursos para impedir a realização da assembleia.

Estes acionistas são contra o último plano apresentado pela empresa que, segundo eles, atende apenas aos interesses dos 'bondholders' (detentores de dívida da Oi) que pediram uma série de garantias para fazer aumento de capital na Oi de quatro mil milhões de reais (cerca de mil milhões de euros ao câmbio de hoje).

Além da oposição dos acionistas, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão regulador do setor no Brasil, Juarez Quadros, afirmou na última sexta-feira que a agência deve recusar a proposta de recuperação na assembleia por não concordar com as condições de pagamento dos créditos públicos de multas aplicadas à empresa.

A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 22% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado por não conseguir negociar as dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros).

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