Sandro Lima faz relato arrepiante de luta contra o cancro

"Deixei de ser autónomo em tudo: com 21 anos voltei a usar fraldas e tão envergonhado que me sentia", afirmou.

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Mariline Direito Rodrigues
18/10/2019 12:42 ‧ 18/10/2019 por Mariline Direito Rodrigues

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Sandro Lima

Esta quinta-feira, dia 17, Sandro Lima, ex-namorado de Fanny, fez uma publicação absolutamente arrepiante na qual descreve a sua intensa luta contra um cancro, uma vez que passava exatamente um ano desde o dia em que tinha feito um transplante de medula óssea.

"Lembro-me que na quinta semana de internamento implorava aos médicos para que me deixassem ir embora (...) e que assinaria o termo de responsabilidade. Não aguentava mais (pensava eu). '-Sandro se sais deste quarto não duras 24h! - responderam os médicos ao meu pedido'. Fez-se silêncio", recorda Sandro.

"Depois desse dia ainda vieram mais 5 semanas de luta. Uma luta que parecia não acabar. Neste tempo, deixei de ser autónomo em tudo: com 21 anos voltei a usar fraldas e tão envergonhado que me sentia. Os rins paravam e diziam-me que tinha de fazer hemodiálise para o resto da vida...", continua.

Sandro dá conta que quase perdia uma perna na sequência de uma bactéria que se alastrava.

"Fui três vezes ao bloco operatório e três vezes os cirurgiões se recusaram a fazer a cirurgia. E hoje, tanto que lhes agradeço. Ali aconteceu um milagre. E de um dia para o outro, a bactéria desapareceu, a febre também, deixei de fazer hemodiálise, a cirurgia nunca aconteceu e tudo resto começou a ir embora", lembra, dando assim um exemplo de superação. 

"No total, foram 10 semanas de isolamento total. E desde aí tanto que já se passou e tanto que ainda se sofreu. Mas nunca desisti. Estou cá. Aqui, a escrever-vos! A fé move montanhas nunca se esqueçam disso. Por isso, hoje, vos peço: Nunca se queixem! Há sempre alguém pior que vocês", completa.

Leia o texto completo na seguinte publicação:

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Foi há exatamente 1 ano, dia 17 de Outubro de 2018, que eu fazia o meu primeiro transplante. Transplante de medula óssea. Foram quase 3 meses de isolamento total . Tanto que - naquele quarto N 5, do piso 11, do ipo do Porto - se sofreu, se chorou, se gritou... tanto que se rezou... e implorou. Para que dias como aqueles passassem. Lembro-me que na quinta semana de internamento, implorava aos médicos para que me deixassem ir embora - para junto dos meus. Onde estou agora - e que assinaria o termo de responsabilidade. Não aguentava mais (pensava eu). “- Sandro se sais deste quarto não duras 24h.” - responderam os médicos ao meu pedido. Fez-se silêncio. Depois desse dia ainda vieram mais 5 semanas de luta. Uma luta que parecia não acabar. Neste tempo, deixei de ser autónomo em tudo : Com 21 anos voltei a usar fraldas e tão envergonhado que me sentia. Os rins paravam e diziam-me que tinha de fazer hemodiálise para o resto da vida... Como vos dizia há cerca de um ano na publicação do “Ano Novo”, neste internamento tive também perto de perder uma perna, e tanto que pedi aos médicos para que isso acontecesse, uma vez que a bactéria se alastrava pela perna acima... e tanto que sofria. Fui três vezes ao bloco operatório e três vezes os cirurgiões se recusaram a fazer a cirurgia. E hoje, tanto que lhes agradeço. Ali aconteceu um milagre. E de um dia para o outro, a bactéria desapareceu, a febre também , deixei de fazer hemodiálise, a cirurgia nunca aconteceu e tudo resto começou a ir embora. Ainda hoje os médicos não me sabem dizer o que ali se passou. A verdade é que ainda tenho as duas pernas, não faço hemodiálise e aos poucos começo a ter uma vida normal. No total, foram 10 semanas de isolamento total. E desde aí tanto que já se passou e tanto que ainda se sofreu. Mas nunca desisti. Estou cá. Aqui, a escrever-vos! A fé move montanhas nunca se esqueçam disso. Por isso, hoje, vos peço: “ Nunca se queixem! “ Há sempre alguém pior que vocês. Hoje estou em minha casa junto dos meus, mas há 1 ano estava lá, como muitas outras pessoas estão lá neste momento. Por isso, agradeçam todos os dias por tudo. Como eu o faço. Todos os dias. #tudovaidarcerto

Uma publicação partilhada por Sandro Lima Correia Ferreira (@limatini) a 17 de Out, 2019 às 2:05 PDT

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