Os investigadores alertam que níveis elevados de poluição e de emanações de gases de escape podem estar a afetar o cérebro humano e a provocar a inflamação nociva desse órgão.
Segundo os cálculos do professor e líder do estudo Frank Kelly, docente na Universidade de St George’s, em Londres, pelo menos 7% dos casos de demência podem ser atribuídos à poluição atmosférica.
Em termos práticos, e tendo em conta a realidade britânica – lugar onde foi realizada a pesquisa –, dos 850 mil casos existentes de demência esses 7% significam que 60 mil poderiam ter sido evitados se o ar estivesse menos poluído.
Os investigadores analisaram os registos médicos de 131 mil pacientes e compararam-nos aos níveis de poluição encontrados nas suas casas.
Entre esses voluntários, 2,181 desenvolveram demência nos sete anos que se seguiram.
Os indivíduos que viviam em áreas com índices mais elevados de dióxido de azoto e onde havia uma maior emissão de pequenas partículas poluentes provenientes de veículos de transporte, apresentavam um risco maior – de 40% – de virem a padecer com aquela doença degenerativa.