Exercitar-se por meia hora por dia eleva as chances de alcançar a simbólica idade de 90 anos em um terço, sugere um novo estudo.
Passar tempo a jardinar, a realizar tarefas domésticas ou a praticar hobbies manuais também aumenta a expetativa de vida.
Para efeitos daquele pesquisa, os investigadores analisaram a altura, o peso e os níveis de atividade de 7,807 indivíduos de idades compreendidas entre os 68 e os 70 anos.
Os voluntários foram monitorizados até à sua morte ou até alcançarem os 90 – o que quer que ocorresse primeiro.
Cerca de 17% dos homens e 34% das mulheres viveram até aos 90.
Os homens que eram fisicamente ativos entre 30 a 60 minutos diários apresentavam uma maior probabilidade de 34% de viverem mais tempo, comparativamente aos que registavam menores índices de atividade.
Já para as mulheres esse valor alcançou os 21%, revelaram os investigadores da Universidade de Maastricht, localizada na Holanda.
Mais ainda, ser ativo por mais de 90 minutos por dia mostrou aumentar as chances dos homens viverem até aos 90 anos em cerca de 39%, todavia e surpreendentemente esses benefícios adicionais não se registaram entre as participantes femininas.
As mulheres altas, magras e que menos engordavam à medida que envelheciam também mostraram ter uma maior probabilidade de alcançar os 90. Porém, neste caso esses mesmos elementos relativos ao porte físico não fizeram diferença entre os homens.
Os investigadores creem que as diferenças entre os sexos se devem sobretudo a diversos tipos de hormonas e ao estilo de vida.
O líder do estudo, o professor e o médico Lloyd Brandts, disse: “Esta pesquisa indica que o tipo de corpo e de atividade física praticada estão relacionados com a probabilidade de alcançar os 90 anos e que estas associações diferem conforme o sexo”.
Os resultados da pesquisa holandesa foram publicados no periódico científico Journal of Epidemiology and Community Health.