Uma pesquisa realizada por uma equipa de investigadores da universidade King’s College London, no Reino Unido, revelou que até uma em cada 200 pessoas que ingerem aspirina regularmente sofrem de sangramentos graves.
Consumir uma aspirina por dia aumenta o risco de sangramentos mortais em quase 50%.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo milhões de indivíduos utilizem esse analgésico de modo a prevenir a incidência de ataques cardíacos e enfartes.
Os investigadores britânicos concluíram que tomar aquela droga como tratamento preventivo ajuda de facto a reduzir a propensão de paragens cardíacas fatais até 11%.
Porém, ainda assim a aspirina está a associada à ocorrência também letal de hemorragias em 43%. O que significa que uma em cada 200 pessoas tratadas com essa droga sofrem de hemorragias intensas.
Os cientistas referem que o famoso analgésico torna o sangue mais liquido e estima-se que cerca de 40% da população mais idosa consuma o fármaco diariamente.
O líder do estudo, o professor e médico Sean Zheng, disse: “Ainda não existem provas científicas suficientes que tornem recomendável a 100% a toma de aspirina diária para prevenir ataques cardíacos, enfartes e mortes devido a complicações cardiovasculares em indivíduos que à partida não sofram de doenças cardíacas”.
“Este estudo revela que enquanto várias condições cardiovasculares podem ser minimizadas nesses pacientes, que os benefícios acarretam igualmente um grande risco de ocorrência de sangramentos potencialmente fatais”.
A pesquisa, publicada no periódico Journal of the American Medical Association, analisou 13 ensaios clínicos, que incluíram quase 165 mil pacientes.