Desde o facto de fazer as suas necessidades em locais com terra ou areia para em seguida as enterrar, até ser um caçador nato e viver com insetos, ratos ou até pássaros na boca. Adicionalmente, já notou que após cheirar algo o felino mantém a boca aberta?
O gesto, embora pareça ser uma tentativa de inalar mais ar, é uma forma de analisar o que acaba de farejar. Ao abrir a boca, o felino dá a liberdade ao aroma para passar pelo órgão de Jacobson — ou órgão vomeronasal, como também é conhecido — na parte superior da boca. Órgão este que por sua vez, ajuda o bichano a identificar o odor.
Os leões e tigres também partilham o mesmo hábito. O órgão vomeronasal está presente em inúmeros mamíferos, anfíbios e répteis. No caso dos gatos, não só é uma forma de conhecer melhor os aromas, como também é uma ferramenta para ajudar no acasalamento.
Neste caso, a língua trabalha em conjunto com o vomeronasal para detetar as feromonas no ambiente. Esse hábito é mais comum nos gatos machos, que avaliam a compatibilidade com a fêmea e o momento certo para acasalar. As fêmeas, por outro lado, usam essa ferramenta para encontrar as suas crias.