Segundo um estudo da Universidade de Portsmouth, nos Estados Unidos, publicado neste mês no periódico científico PLOS ONE, os homens têm o dobro da probabilidade de se considerarem melhores mentirosos do que mulheres. Mais ainda, a pesquisa aponta que os mais mentirosos preferem mentir cara a cara do que via mensagens de texto.
O trabalho revelou ainda que, embora, em média, as pessoas mintam uma ou duas vezes por dia, a maior parte dos indivíduos não o faz diariamente. O que acontece é que, como um pequeno número de mentirosos conta falsidades com frequência, a média dos 'contos do vigário' diários sobe.
Assim, de acordo com a pesquisa, quase 40% das 'balelas' seriam contadas por um número pequeno de indivíduos. Ainda segundo o artigo, as redes sociais são o meio mais improvável que um bom mentiroso usaria para contar inverdades.
O estudo levou em consideração relatos de 194 pessoas (97 homens e 97 mulheres). A média de idade foi de 39 anos.
Ao longo do trabalho, os investigadores concluíram que uma das mais utilizadas estratégias de engano é contar mentiras plausíveis que não estão muito longe da verdade. Além disso, não dar muita informação ao ouvinte seria essencial para o êxito e, quanto melhor uma pessoa acredita que sabe mentir, mais adota o hábito.
Os tipos mais comuns de mentira são, em ordem de frequência: pequenas mentiras, os exageros, a omissão, enterrar uma falsidade numa montanha de verdades, e a pura invenção de factos. Os indivíduos que os mentirosos tendem a enganar menos são os chefes e as figuras de autoridade. O estudo também não encontrou relação entre a habilidade de mentir e o nível de educação dos participantes.