Um novo estudo publicado no periódico científico Science e partilhado pela revista Galileu concluiu que as ondas cerebrais produzidas enquanto dormimos ajudam a combater o aparecimento da doença de Alzheimer.
De acordo com os cientistas, quando dormimos profundamente, formam-se no cérebro sinais elétricos, as chamadas ondas lentas. Consequentemente, o líquido cefalorraquidiano (LCR) é libertado e promovendo aquilo que se assemelha a uma 'lavagem' na massa cinzenta. Os investigadores defendem que esse processo remove toxinas associadas ao desenvolvimento da síndrome de Alzheimer, que se caracteriza sobretudo pela perda de memória acentuada na velhice.
O estudo
Os cientistas examinaram o padrão de sono de um grupo de doentes através da realização de ressonâncias magnéticas. “Foi quando descobrimos que, durante o sono, existem ondas muito grandes e lentas que ocorrem uma vez a cada 20 segundos", disse Laura Lewis, uma das autoras do estudo, à NPR. “Então, o líquido cefalorraquidiano toma conta do órgão e ‘lava-o’.”
Como aponta a revista Galileu, estudos prévios já haviam detetado a ocorrência do fenómeno em animais, apurando que o fluxo de LCR aumenta durante o sono e ajuda a transportar resíduos, numa espécie de 'limpeza' do cérebro. Nesse momento, o líquido elimina diversas toxinas, incluindo as que estão associadas à doença de Alzheimer.