Já todos ouvimos uma desculpa de alguém que não queria ir treinar, fosse pela chuva, uma dor de cabeça ou a nova série que estreou na Netflix. Em tempos, fui ativa. Hoje, o meu nível de atividade é muito baixo. Ainda assim, lembrei-me de uma conversa de circunstância e arrisquei - aventurei-me em duas aulas de Bootcamp nível intermédio/avançado, orientado. Ao início pensei, o que é imediato ao ouvir falar em Academia Fitness Militar, "vão obrigar-me a fazer tudo e a gritar…”. Não, não foi, de todo, o cenário que encontrámos.
Apresentei-me alguns minutos mais cedo do que o combinado. Pouco depois, chegou o António Palma, com um ar descontraído. Perguntou-me se tinha algum problema de saúde ou lesão, se estava habituada a fazer exercício. Após curtos minutos de conversa, chegaram os restantes ‘alunos’. Só depois de se certificar que estavam todos os esperados para aquela noite é que o treino começou.
E começou com uma indicação que me fez logo lembrar os militares. Duas filas paralelas a correr. Após alguns metros, parámos num local mais abrigado do vento que soprava, mas sempre ao ar livre, junto à Praia da Torre, em Oeiras. Seguiu-se o devido aquecimento. Fizemos um circuito de exercícios que passavam por saltar à corda, fazer abdominais, flexões, corridas, agachamentos, entre outros. Um treino completo que exercitou a maioria dos músculos.
Ao longo daquela hora de exercício, o instrutor foi sempre motivando cada um dos presentes, ajudando-os a melhorar, mas sem nunca ‘exigir’ mais do que cada pessoa é capaz naquele momento. As palavras que melhor descrevem o responsável por esta experiência são sem dúvida: motivação e companheirismo.
O segundo treino, agora com o instrutor Francisco, não ficou atrás. Apesar de igualmente completo, a corrida esteve mais presente no plano proposto para aquela noite. Mesmo sentindo que não conseguia acompanhar os restantes, nunca fiquei para trás. O espírito de equipa tomou conta daquele momento e o ditado foi levado à letra: 'um por todos e todos por um'. Na verdade, foi o próprio instrutor e o grupo que me acompanhava que não me deixaram ficar para trás, desafiando-me a melhorar, mas sem ignorar os limites das minhas capacidades.
Como é que tudo começou:
Após a experiência que mudou a ideia pré-feita do que podia ser a Academia Fitness Militar, estive à conversa com a pessoa que colocou de pé este projeto: António Palma. Uma pequena conversa que serviu para contar como tudo começou.
A academia abriu no final de 2012, mas só no ano seguinte é que o projeto arrancou a sério. António foi oficial do exército, saiu como tenente e agora está na reserva territorial.
A ideia deste projeto, conta, era “adaptar o exercício que se faz no exército” à restante população, mas com ‘menos’ disciplina. “Não tratamos as pessoas da mesma maneira, lá dentro há modos mais específicos”, afirma.
Sendo que António tem outras formações, pois quando saiu do exército licenciou-se numa outra área - organização de eventos e atividades desportivas, animação turística desportiva, desportos radicais… - este projeto oferece uma série de outras atividades que se complementam sempre tendo por base o exercício físico ao ar livre.
Ao todo, neste momento, são cinco os elementos que integram este projeto, todos militares e alguns ainda no ativo.
Interessado em saber mais sobre a Academia Fitness Militar? Veja na galeria as atividades que a academia oferece.