Até ao momento, o Covid-19 infetou mais de 100 mil pessoas em todo o mundo e já causou mais de quatro mil mortos.
"Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leve ou descuidada. É uma palavra que, se usada incorretamente, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Mas afinal, qual é a diferença entre uma pandemia e uma epidemia?
Conforme explica a BBC News, um vírus é uma pequena coleção de proteínas e material genético. Existem inúmeros vírus no mundo inteiro. Um exemplo, e que infecta muitas pessoas todos os anos, é o da influenza — ou simplesmente gripe.
No caso da gripe a patologia propaga-se quando as pessoas espirram ou tossem. O vírus é transmitido entre pessoas ou por meio de substâncias infectadas, como muco. Todavia, outros vírus podem espalhar-se por contacto direto quando as pessoas se abraçam ou se beijam, e há outros que são transmitidos por contacto sexual, como o VIH.
Epidemia ou pandemia?
Rosalind Eggo, especialista académica em doenças infecciosas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, explicou à BBC as diferenças entre epidemia e pandemia.
Uma epidemia "é um aumento nos casos de um surto de um vírus, seguido por um pico e depois uma diminuição", refere.
Por exemplo, como ocorre anualmente nos países afetados pela gripe: no outono e no inverno os episódios aumentam, é atingido um valor máximo de infeções e depois finalmente ocorre uma redução.
Já a pandemia é uma epidemia que acontece "ao redor do mundo aproximadamente ao mesmo tempo".
Estamos preparados para uma pandemia?
A especialista sublinha que a grande mobilidade e o número exorbitante de viagens realizadas nos tempos modernos são o principal fator pelo qual uma pandemia pode ser desencadeada.
Visto que essa circulação de bens e pessoas não deverá diminuir nas próximas décadas, Eggo salienta o papel vital das vacinas na prevenção de doenças.
"O mundo está mais preparado do que nunca. E cientistas, países, agências de saúde pública, como a OMS, trabalham em estreita colaboração para garantir que estejamos o mais preparados possível", conclui a especialista.