O biólogo Ian Wilson que integra a pesquisa disse, ao jornal San Diego Union-Tribune, que o ponto chave é "possivelmente o calcanhar de Aquiles" do vírus.
Wilson e uma equipa de investigadores fizeram a descoberta após examinarem anos antes um anticorpo removido de um paciente que sofria de SARS (vírus que pertence à mesma família da Sars-coV-2).
Ele terá notado que o anticorpo se fixava numa parte específica do vírus SARS.
E que esse mesmo anticorpo fixa-se igualmente no mesmo ponto na sequência molecular do novo coronavírus.
Esse local poderá ser então um ponto fraco na composição do vírus - e poderá ajudar os médicos e cientistas a encontrar uma cura, na forma de uma vacina ou medicamento.
Um outro investigador, Meng Yuan disse ao mesmo jornal: "descobrimos que este (local) encontra-se geralmente escondido do vírus, e que apenas fica exposto quando aquela parte do vírus altera a sua estrutura, como aconteceria numa infeção natural".
Os investigadores estão atualmente à procura de anticorpos capazes de se fixarem com mais força na área vulnerável do vírus, comparativamente àquele presente no SARS.
Para tal necessitam da cooperação de indivíduos que tenham sobrevivido à Covid-19 e que estejam dispostos a doar o seu sangue, que poderá depois ser examinado e contribuir para a identificação de anticorpos.
Os seres humanos têm cinco tipos básicos de anticorpos - porém, os cientistas estão em busca daqueles com maior capacidade de identificar e neutralizar o vírus.
De acordo com os cientistas os anticorpos que as pessoas produzem para combater o Sars-coV-2 tendem com o passar do tempo a tornar-se mais fortes, e como tal é crucial a participação na pesquisa de indivíduos que estejam sem sintomas há pelo menos 15 dias.