O "calcanhar de Aquiles" da Covid-19 que pode ser derrotado com medicação

Investigadores da instituição Scripps Research em San Diego, nos Estados Unidos, afirmam que descrobriram uma parte específica do novo coronavírus, que é significativamente mais fraca, e que pode ser selecionada como alvo para tratar pacientes.

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Liliana Lopes Monteiro
08/04/2020 11:05 ‧ 08/04/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Descoberta científica

O biólogo Ian Wilson que integra a pesquisa disse, ao jornal San Diego Union-Tribune, que o ponto chave é "possivelmente o calcanhar de Aquiles" do vírus. 

Wilson e uma equipa de investigadores fizeram a descoberta após examinarem anos antes um anticorpo removido de um paciente que sofria de SARS (vírus que pertence à mesma família da Sars-coV-2). 

Ele terá notado que o anticorpo se fixava numa parte específica do vírus SARS

E que esse mesmo anticorpo fixa-se igualmente no mesmo ponto na sequência molecular do novo coronavírus.

Esse local poderá ser então um ponto fraco na composição do vírus - e poderá ajudar os médicos e cientistas a encontrar uma cura, na forma de uma vacina ou medicamento. 

Um outro investigador, Meng Yuan disse ao mesmo jornal: "descobrimos que este (local) encontra-se geralmente escondido do vírus, e que apenas fica exposto quando aquela parte do vírus altera a sua estrutura, como aconteceria numa infeção natural". 

Os investigadores estão atualmente à procura de anticorpos capazes de se fixarem com mais força na área vulnerável do vírus, comparativamente àquele presente no SARS

Para tal necessitam da cooperação de indivíduos que tenham sobrevivido à Covid-19 e que estejam dispostos a doar o seu sangue, que poderá depois ser examinado e contribuir para a identificação de anticorpos. 

Os seres humanos têm cinco tipos básicos de anticorpos - porém, os cientistas estão em busca daqueles com maior capacidade de identificar e neutralizar o vírus. 

De acordo com os cientistas os anticorpos que as pessoas produzem para combater o Sars-coV-2 tendem com o passar do tempo a tornar-se mais fortes, e como tal é crucial a participação na pesquisa de indivíduos que estejam sem sintomas há pelo menos 15 dias. 

 

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