Num momento em que os casos do novo coronavírus ou SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, já afetam mais 2,9 milhões de pessoas em todo o mundo, a comunidade científica está desesperada por encontrar uma cura.
E agora, uma equipa de cientistas da Universidade de Louisville ( UofL) desenvolveu uma tecnologia que acreditam ser capaz de impedir que o vírus infete células humanas.
A tecnologia potencialmente revolucionária baseia-se num pedaço de ADN sintético denominado de aptâmetro, que se foca e associa a uma proteína do corpo humano denominada de nucléolo.
Apesar da pesquisa ainda se encontrar numa fase inicial, os testes indicam que o aptâmetro pode deter o coronavírus de 'raptar' os nucléolos de forma a conseguir replicar-se dentro do corpo humano.
O aptâmetro já foi até ao momento utilizado de múltiplas maneiras - mais notavelmente como fármaco experimental no tratamento contra o cancro.
Paula Bates, uma das investigadoras envolvidas na experiência, disse ao jornal britânico Mirror Online: "tal como a maioria dos cientistas, assim que tive conhecimento do novo coronavírus, quis ajudar e comecei a pensar como a minha área de estudo poderia auxiliar outras pesquisas que começaram entretanto a ser realizadas para conseguirem deter a propagação do vírus".
"Tenho muito sorte em trabalhar na UofL, que é um dos poucos sítios no país onde temos instalações que nos permitem conduzir experiências utilizando o vírus SARS-CoV-2".
Nos testes iniciais, os cientistas apuraram que o aptâmetro era eficaz contra o novo coronavírus em doses consideradas seguras para serem aplicadas nos doentes infetados.
A equipa de investigadores espera agora realizar mais testes, de modo a confirmar se o aptâmetro poderá ser de facto uma forma viável de tratamento já nos próximos meses.