Ao analisarem os dados clínicos de mais de 900 mil cães no Reino Unido, investigadores da Universidade Trent de Nottingham e da Royal Veterinary College, detetaram que mais de 1.200 cães receberam tratamento para a hipertermia - processo em que ocorre o aquecimento excessivo do corpo - durante a realização da pesquisa, com cerca de 400 patudos afetados em apenas um ano, avança a revista Galileu.
O estudo britânico, publicado na revista Scientific Reports, revela que temperaturas elevadas podem impactar gravemente na saúde dos cães, sobretudo naqueles que se distinguem por um focinho 'achatado'. Nomeadamente raças como o pug, chow chow e buldogue, donos de um crânio braquicefálico, evidenciado por uma cabeça mais curta, face plana e nariz curto.
O buldogue inglês, por exemplo, mostrou uma probabilidade 14 vezes superior de sofrer de hiperteria, comparativamente a um labrador.
Segundo os investigadores, as raças com maior risco incluem: o chow chow (x17), buldogue (x14); buldogue francês (x6); dogue de Bordeaux (x5); galgo (x4); cavalier king charles spaniel (x3); pug (x3); golden retriever (x3) e springer spaniel (x3).
"É provável que os cães braquicefálicos superaqueçam devido aos seus mecanismos de resfriamento inerentemente ineficazes", afirmou Emily Hall, investigadora principal e cirurgiã veterinária na Escola de Ciências Animais, Rurais e Ambientais da Universidade Trent de Nottingham, num artigo publicado no site da instituição de ensino superior.