Vacina contra Covid-19 da Johnson & Johnson eficaz em primatas

De acordo com a multinacional uma única dose da vacina elevou a presença de anticorpos em macacos rhesus. Já no próximo mês de setembro deverão decorrer testes em 30 mil pessoas.

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Liliana Lopes Monteiro
03/08/2020 12:27 ‧ 03/08/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Vacina Ad26.COV2.S

"A vacina resultou numa proteção potente contra o novo coronavírus em macacos rhesus e está agora a ser avaliada em seres humanos", afirmou Dan Barouch, diretor do Centro de Pesquisa em Virologia e Vacinas do Centro Médico Beth Israel Deaconess, à publicação EurekAlert!. 

A empresa Johnson & Johnson divulgou que os testes de uma única dose da vacina contra a Covid-19 denunciaram resultados promissores em roedores. De acordo com o estudo, publicado na revista científica Nature, e divulgado pela revista Galileu, a vacina elevou a presença de anticorpos neutralizantes e resguardou os pequenos primatas.

Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores utilizaram uma amostra de 52 primatas separados em dois grupos distintos. A um, composto por 32 macacos rhesus, foi administrado uma dose de uma das sete versões da vacina. Entretanto, o outro grupo que incluiu 20 animais, recebeu um placebo. Segundo os cientistas, todos os animais vacinados produziram anticorpos neutralizantes.

Posteriormente, seis semanas depois da administração da primeira dose, todos os animais foram mais uma vez expostos ao novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19. O que significa, que os 20 animais que haviam recebido o placebo foram de facto infetados e registaram índices elevados de coronavírus nas vias nasais e nos pulmões. Entre os seis macacos que receberam o imunizante, nenhum apresentou vírus nos pulmões e somente um denunciou níveis de diminutos do novo coronavírus nas vias respiratórias. 

A vacina, que revela ser até ao momento uma das principais candidatas a ficar pronta brevemente para uso generalizado em seres humanos, recorre à manipulação do vírus da gripe comum, denominado adenovírus sorotipo 26 (Ad26), de modo a transportar a proteína do vírus às células hospedeiras. Incitando assim o corpo a aumentar a resposta imunológica no combate contra o SARS-CoV-2. 

"Os dados apurados revelam que uma única imunização com o Ad26.COV2.S protegeu macacos rhesus contra o SARS-CoV-2", afirmou Barouch.

Em setembro, a vacina Ad26.COV2.S deverá iniciar a terceira fase de testes em 30 mil indivíduos.

 

 

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