Nos Estados Unidos, um teste de diagnóstico ao novo coronavírus perfurou o revestimento do cérebro de uma mulher, fazendo com que o líquido cefalorraquidiano vazasse pelo seu nariz e a colocasse em risco de desenvolver uma infeção fatal, noticia o New York Post.
O estudo de caso foi publicado esta quinta-feira na revista JAMA Otolaryngology.
“Este é o primeiro relato de vazamento iatrogénico de líquido cefalorraquidiano após um teste nasal para a Covid-19”, lê-se no relatório.
A situação começou quando a paciente de 40 e poucos anos foi realizar o teste obrigatório antes de uma operação a uma hérnia. O teste foi administrado por meio de uma zaragatoa nasal. Pouco depois, começou a sentir dor de cabeça, rigidez na nuca, fotossensibilidade, vómitos e um 'gosto metálico' na boca.
No hospital, foi feito um scan que revelou uma bolsa de 1,8 centímetros de líquido cefalorraquidiano que se projetava para dentro da cavidade nasal entre uma fissura no osso. Conhecida como encefalocele, a condição é o resultado de um problema onde os ossos do crânio não fecham completamente, deixando uma ranhura onde o líquido e o tecido cerebral podem acumular-se em forma de bolsa.
Os médicos especulam que a zaragatoa terá rompido a bolsa, causando o vazamento do líquido que protege o cérebro.
O caso da paciente destaca "a necessidade de um treino adequado para quem realiza o teste e a necessidade de vigilância após a realização do teste". A fim de evitar outra fuga, o estudo propôs procedimentos alternativos de triagem para pacientes que sofrem de problemas nos seios paranasais ou doenças relacionadas ao crânio.