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Coronavírus presente em Itália desde setembro de 2019, afirma estudo

Investigadores do Instituto Nazionale dei Tumori di Milano (INT), em Itália, apontam que o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, tem estado a circular em Itália desde setembro do ano passado.

Coronavírus presente em Itália desde setembro de 2019, afirma estudo
Notícias ao Minuto

07:54 - 17/11/20 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Pandemia

À medida que os casos de SARS-CoV-2 aumentam um pouco por todo o mundo, registando-se atualmente mais de 55 milhões de infetados, os cientistas têm tentado entender de que forma o vírus letal começou a propagar-se. 

E agora, um novo estudo afirma que o novo coronavírus poderá estar a circular em Itália desde setembro de 2019. 

Uma equipa de investigadores do Instituto Nazionale dei Tumori di Milano (INT), em Milão, aponta que a Covid-19 pode ter começado a disseminar-se além da China previamente ao que se havia pensado.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus era desconhecido antes do surto reportado em Wuhan, na China, em dezembro.

Sendo que o primeiro doente com Covid-19 em Itália foi oficialmente detetado a 21 de fevereiro perto de Milão, na região da Lombardia

Todavia, segundo o estudo realizado pelos investigadores italianos, publicado na revista científica do INT Tumori Journal, 11,6% de 959 voluntários saudáveis que participaram num ensaio clínico de rastreio de cancro do pulmão entre setembro de 2019 e Março de 2020, já haviam desenvolvido anticorpos do coronavírus bem antes de fevereiro

Um teste específico e adicional relativo aos anticorpos do SARS-CoV-2 foi realizado pela Universidade de Siena para a mesma pesquisa, de título 'A inesperada deteção de anticorpos do SARS-CoV-2 no período pré-pandemia em Itália'. 

O trabalho levado a cabo pela Universidade de Siena identificou quatro casos datados da primeira semana outubro que também haviam testado positivo para os anticorpos que neutralizam o vírus, o que significa que os indivíduos estariam infetados em setembro, conforme explicou o co-autor do estudo Giovanni Apolone, em declarações à Reuters.

"Esta é a principal descoberta: pessoas sem sintomas não só testaram positivo após realizarem os testes serológicos, mas também tinham anticorpos no organismo capazes de matar o vírus", disse Apolone.

"Tal significa que o novo coronavírus pode circular entre a população por um longo período de tempo e com um baixo índice de mortalidade não porque está a desaparecer, mas apenas para voltar a emergir", acrescentou. 

Já no mês de março investigadores italianos haviam reportado um número superior ao normal de casos de pneumonia e gripe grave na zona da Lombardia nos últimos meses de 2019, um indicador de que o coronavírus SARS-CoV-2 já estaria presente naquele país. 

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