Muitos temem os testes à Covid-19 devido à incómoda zaragatoa. Mas isso pode vir a mudar. Uma equipa de investigadores portugueses confirma que as amostras de saliva fornecem alta sensibilidade e especificidade para detecção de SARS-CoV-2 por RT-PCR, sendo, por isso, o melhor candidato como amostra alternativa aos testes tradicionais de zaragatoa nasofaríngeo e orofaríngea.
Neste trabalho de colaboração da Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior, CRL com a Faculdade de Farmácia de Lisboa, o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, hoje publicado na revista Diagnostics, "a equipa de investigação alerta para a necessidade de protocolos adequados para colheita de amostras salivares", realçam os investigadores numa nota enviada às redações.
A equipa defende que, por se basear numa amostra fácil de recolher, "o teste de saliva pode aumentar a capacidade de testagem da população" e, assim, "promover a implementação de testes Covid-19 rigorosos, diretamente no ponto de atendimento (por exemplo, hospitais, clínicas), e em pontos de controlo de surto (por exemplo, escolas, aeroportos e lares de idosos)"
Leia aqui o artigo científico na íntegra: Confirma-se: Amostras de saliva com alta sensibilidade para detetar vírus
Portugal regista, esta sexta-feira, mais 67 mortos e 1.940 novos casos de Covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Em termos acumulados, o país totaliza 15.821 óbitos 794.769 infeções por SARS-CoV-2.
De sublinhar que o Governo decidiu alterar a política de testagem, passando a testar todos os que tiverem tido contactos de risco (independentemente do grau). A intenção partiu depois da última reunião com peritos no Infarmed.
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