Investigadores de genómica batizaram a nova variante de B.1.526, que está atualmente a manifestar-se em pessoas em diversos bairros da cidade de Nova Iorque, e está simultaneamente a "propagar-se no nordeste", reporta um artigo publicado no jornal The New York Times.
Uma das mutações desta variante é a mesma detetada na variante vista pela primeira vez na África do Sul e conhecida como B.1.351. Parece evitar, de certa forma, a resposta do corpo às vacinas, e está a tornar-se cada vez mais comum.
"Observamos um aumento constante na taxa de deteção do final de dezembro para meados de fevereiro, com um aumento alarmante para 12,7% nas últimas duas semanas", escreveram investigadores do Columbia University Medical Center, num artigo que ainda não foi publicado.
A B.1.526 que está a assolar Nova Iorque é última de um número crescente de variantes virais que surgiram nos EUA, que até ao momento teve mais casos de coronavírus - 28 milhões - do que qualquer outro país e onde a propagação ainda é intensa.
Nomeadamente, a notícia surge após investigadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, terem manifestado a sua preocupação com o nível de fatalidade de uma outra estirpe - a variante californiana ou B.1.427/B.1.429.
Segundo estudos laboratoriais essa variante será "pelo menos 40% mais eficaz a infetar células humanas", comparativamente a outras cepas.