O estudo, publicado na revista da especialidade Clinical Microbiology and Infection, foi conduzido em França com uma amostra de 1.137 doentes que estiveram hospitalizados devido à covid-19.
De acordo com a análise, feita pelo Instituto Nacional da Saúde e da Investigação Médica, um quarto dos doentes apresentava três ou mais sintomas e 2% tiveram de ser internados novamente.
Entre os sintomas persistentes mais evocados pelas pessoas nas consultas de seguimento, três e seis meses após a alta clínica, contam-se a fadiga, dificuldades respiratórias e dores musculares e articulares.
Os autores do estudo verificaram uma correlação entre a persistência a longo prazo de sintomas e o grau de gravidade inicial de covid-19: a manifestação de pelo menos três sintomas decorridos seis meses sobre a alta hospitalar é mais frequente nas pessoas que estiveram nos cuidados intensivos.
Os homens apresentam maior risco de desenvolver formas mais grave da doença, enquanto as mulheres parecem ter mais sintomas persistentes ao longo do tempo, revela ainda o trabalho, concluindo que um terço das pessoas que afirmaram continuar com sintomas de covid-19 após seis meses da alta hospitalar não voltou à sua atividade profissional.
A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 3.294.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal morreram 16.993 pessoas dos 839.740 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
Nas suas manifestações mais graves, a doença pode levar à morte.
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