Dermatite Atópica, uma doença em "estado de emergência permanente"

E se todos fossemos postos à prova, como fomos com a pandemia que ainda vivemos, mas por uma doença inflamatória crónica da pele que, no nível moderado a grave, provoca além de lesões físicas (e visíveis), também sentimentos de vergonha, ansiedade e frustração. Falamos de dermatite atópica. Já ouviu falar?

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Ana Lemos
05/08/2021 07:00 ‧ 05/08/2021 por Ana Lemos

Lifestyle

Saúde

A Dermatite Atópica, ou eczema atópico, é uma doença crónica, imunomediada, e ainda incurável, que é "determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais, com um impacto elevado nas várias dimensões da vida dos doentes e das suas famílias".

Os principais efeitos são físicos e muitos deles visíveis, como "vermelhidão, edema (inchaço), prurido (comichão), pele seca, fissuras, lesões descamativas, crostas e exsudação, afetando principalmente braços (56%), mãos (49%), cabeça, pescoço e pernas (39%)", mas 67% dos doentes apresenta também outras "doenças atópicas concomitantes, como rinite, asma e alergias alimentares".

A todos estes fatores, acrescentam-se efeitos "ao nível emocional, como sentimentos de vergonha, ansiedade e frustração". Há, aliás, doentes (cerca de 34%) que padecem de distúrbios de sono, que por consequência podem gerar fadiga ao ponto de afetar levar "a performance no trabalho, ou provocar mesmo absentismo laboral".

É, por isso, importante saber mais sobre a Dermatite Atópica, que "afeta 4,4% dos adultos na União Europeia (UE) e cerca de 10% a 20% da população pediátrica a nível mundial". A pensar nisso, a Sanofi com o apoio da Associação Dermatite Atópica Portugal (ADERMAP) uniram esforços e lançaram uma campanha de sensibilização que visa pôr "todos à prova, estabelecendo um paralelo entre viver com Dermatite Atópica e o que vivemos com esta pandemia".

Estas campanhas são essenciais para sensibilizar a população (...). Além disso, poderá contribuir para que os próprios doentes sejam agentes ativos na procura por mais informação, correto diagnóstico e tratamento adequado”, destaca a presidente da ADERMAP, Joana Camilo.

O mesmo objetivo é reforçado por Francisco del Val, General Manager da Sanofi Genzyme, porque, diz, "ao conhecermos melhor esta realidade escondida, mas vivida por milhares de pessoas, mais facilmente podemos compreender o seu dia a dia e dar o nosso apoio. Acreditamos que um bom conhecimento da doença a par do diagnóstico precoce e do tratamento adequado podem contribuir para uma melhoria considerável da qualidade de vida e trazer uma nova esperança para quem vive com dermatite atópica”.

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