Um estudo sul-africano sugere que as infeções com Ómicron têm um baixo risco de se tornarem doença grave, em comparação com Delta, mesmo em não-vacinados, avança a Bloomberg.
O estudo comparou os dados de 11 609 doentes das três primeiras vagas de infeção com 5144 pessoas infetadas com a variante Ómicron. As descobertas sustentam a teoria de que, embora mais infeciosa, a Ómicron é menos grave do que as anteriores variantes do coronavírus SARS-CoV-2.
Os dados reportados pela África do Sul demonstram um risco substancialmente menor de hospitalização e morte com a nova estirpe. O estudo, que ainda não foi revisto por pares, revela que 8% das pessoas de Western Cape foram hospitalizadas ou morreram em 14 dias após serem diagnosticadas com Covid-19 durante a vaga de infeções motivada pela Ómicron, em comparação com os 16,5% registados nas três anteriores.
Este estudo reforça as conclusões dos dados de outros países, como os Estados Unidos. Segundo um estudo divulgado na quarta-feira, realizada com recurso aos dados do sistema hospitalar californiano Kaiser Permanente, durante o mês de dezembro de 2021, o risco de ser internado em cuidados intensivos foi reduzido em cerca de 75% e o risco de morte em mais de 90%, na comparação com as duas variantes do coronavírus SARS-CoV-2.
Das mais de 52 mil pessoas infetadas com Ómicron e acompanhadas por esta investigação, nenhuma delas necessitou de ser internada em cuidados intensivos, ao contrário das 11 pessoas, em quase 17 mil infetados com a variante Delta, que desenvolveram complicações graves. A duração média de hospitalização foi de 1,5 dias para a Ómicron, face aos quase cinco dias para os infetados com Delta.
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