A farmacêutica norte-americana Moderna pretende lançar uma vacina de reforço único contra a gripe comum e a Covid-19 dentro de dois anos, reporta o jornal britânico The Guardian.
Stéphane Bancel, diretor executivo da empresa, disse que a vacina combinada - que irá proteger contra a Covid-19, gripe e RSV, um vírus respiratório comum - poderá estar disponível antes da 'temporada' infeciosa de inverno em 2023.
"O nosso objetivo é ter um único reforço anual para que não tenhamos problemas de conformidade em que as pessoas não querem tomar duas ou três vacinas por inverno", contou o CEO da Moderna numa sessão de painel no Fórum Económico Mundial em Davos.
"O melhor cenário seria o outono de 2023", acrescentou.
Bancel disse anteriormente que a população pode necessitar de tomar uma quarta dose de vacina já neste outono, visto que a proteção facultada pela injeção de reforço diminui nos meses seguintes.
Entretanto, este mês de janeiro, Israel tornou-se o primeiro país do mundo a oferecer uma quarta dose da vacina contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, a pessoas com 60 anos ou mais.
O principal conselheiro médico do presidente dos EUA, Anthony Fauci, que também falou em Davos na segunda-feira, apontou que não existe nenhuma evidência de que mais uma dose de reforço dos imunizantes venha a sobrecarregar o sistema imunológico.
"Dando reforços em momentos diferentes, não há realmente nenhuma evidência que venha dificultar a resposta imunológica", mencionou Fauci.
Adicionalmente, Bancel afirmou que o candidato à vacina da Moderna visando em específico a variante Ómicron do coronavírus está quase concluído e que o seu desenvolvimento clínico ocorrerá em breve.
A empresa norte-americana espera poder compartilhar novos dados com as autoridades reguladoras por volta de março, divulgou o The Guardian.
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