Que as doenças neurodegenerativas dependem, entre outros, da nossa alimentação, já não é novidade para o leitor. Mas, afinal, os espinafres que davam força ao marinheiro Popeye também ajudam a manter a saúde do cérebro e são cruciais na luta contra a demência, indica um estudo realizado por um grupo de investigadores do Instituto de Saúde dos Estados Unidos.
Os dados do estudo, publicado na revista científica Neurology, revelam que existem três antioxidantes que diminuem o risco de demência e dois deles, a luteína e zeaxantina, estão presentes em vegetais de folha escura, como o espinafre. A outra substância, beta-criptoxantina, pode ser encontrada em laranjas e no mamão.
Os investigadores analisaram amostras de sangue de mais de sete mil pessoas acima dos 45 anos, acompanhados durante 16 anos. Notaram, no entanto, que os efeitos dos antioxidantes foram menores quando outros fatores foram tidos em consideração, como os níveis de atividade física, salário e nível de escolaridade.
Acrescentam ainda são mais precisos mais estudos para aprofundar a forma como as substâncias atuam no envelhecimento do cérebro.
Recorde-se que a demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
Para a maioria não existe tratamento, nem uma forma definitiva de prevenir a demência, e as perspectivas são más. A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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