Dor severa e perda auditiva. Sinais de alerta de infeção comum no verão
Não deixe que as otites arruínem as suas férias.
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Lifestyle Saúde
No verão com o calor, a vontade de tomar um mergulho refrescante numa piscina ou praia sobe de tom e é nessa altura que aparecem mais frequentemente as otites de nadador, mais concretamente as otites externas. Estas são infeções da pele do canal auditivo externo que se não forem devidamente identificadas e tratadas, por um médico otorrinolaringologista, podem tornar-se crónicas.
A frequência de otites externa no mundo inteiro é elevada. É mais frequente em pessoas que tenham grande exposição a água, com canais estreitos, que usem produtos agressivos - como por exemplo, champôs irritantes, tinta de cabelo, e especialmente quando usam cotonetes ou ganchos que traumatizam a pele e deixam penetrar as bactérias, originando a infeção.
Sintomas
Deve-se suspeitar da infecção quando existe dor severa na orelha que agrava com pressão ou ao mexer na orelha, existe otorreia (pus que sai da orelha), orelha inchada, comichão, vermelhidão e diminuição da audição. Com a avaliação por um médico otorrinolaringologista, é possível chegar ao diagnóstico com a observação.
Tratamento
O tratamento da otite externa consiste na aspiração do canal auditivo efetuada sob visão microscópica, colocação de anti-sépticos tópicos (gotas), tratamento antimicrobiano e analgesia (tratamento da dor). Ao serem colocadas gotas é importante não esquecer de ficar deitado para o lado oposto ao ouvido afetado durante 3 a 5 minutos. O tratamento com antibiótico oral apenas está indicado caso não seja possível a utilização de gotas e em situações de disseminação para além do canal auditivo externo. A limpeza com cotonetes está contra indicada.
Durante o tratamento, deve ser evitada a entrada de água no ouvido, para diminuir a humidade e dificultar o crescimento das bactérias.
Pessoas propensas a otites externas e pessoas que tenham muita cera devem recorrer ao médico de otorrinolaringologia antes de iniciar a época balnear, de forma a ser feita uma aspiração e assim diminuir a probabilidade de se vir a desenvolver uma otite externa.
*Artigo assinado por Daniel Russo Monteiro, otorrinolaringologista nas clínicas CUF Belém e CUF Mafra e nos hospitais CUF Cascais e CUF Torres Vedras
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