Recuemos no tempo. Contar como nasceu a Machico é regressar a um momento de viragem na vida de Vítor Sousa, de 46 anos, e de Daniela Borges, de 44. Os constrangimentos causados pela pandemia de Covid-19 e a incerteza que se vivia obrigaram o casal a repensar os seus percursos profissionais. "Porque não?", pensaram.
Dito e feito. Foi então que viram uma oportunidade no segmento do vestuário e lançaram, em abril deste ano, a Machico, uma marca de camisas sem género, que aspira à intemporalidade.
Juntos na vida e nos negócios - ele formado em educação física e desporto, ela em gestão de marketing -, dedicavam-se inteiramente a um projeto na área alimentar, de produtos biológicos. No entanto, a Covid-19 trouxe "muitas limitações", começa por recordar Daniela, ao Lifestyle ao Minuto.
Nessa altura, Portugal e o mundo fechavam-se em casa, sobrando espaço para a criatividade de cada um. A juntar a tudo isso, conta, "a minha paixão por desenho e o gosto do Vitor por camisas havaianas - como qualquer amante de mar e de surf - levou-nos a pensar num novo projeto" que é, hoje, a menina dos olhos do casal.
A derradeira inspiração surgiu do que mais gostam de fazer: viajar. "Costumamos dizer que a Machico é mais do que uma camisa, é uma viagem." "One shirt, one trip", como os responsáveis gostam de dizer.
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O nome foi uma escolha óbvia. Vem de uma praia localizada em Portugal, na ilha da Madeira. "Não sendo das mais reconhecidas, isso dá-lhe maior exclusividade, o que vai justamente ao encontro da diferença que procuramos", explica Daniela.
Os modelos das camisas são clássicos, mas os padrões divertidos saltam à vista. São desenhados à mão, a lápis de pastel, e inspirados numa ilha, algures num qualquer lugar do planeta. Feitas no Norte do país, em quantidades limitadas, são produzidas com tecido 100% sustentável (ecovero, uma espécie de 'irmão' ecológico da viscose) e distinguem-se pelos botões de madeira.
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Para já, todos os modelos estão exclusivamente online na loja online da marca para os quatro cantos do mundo. Custam 74,90 euros. Mas a partir de setembro, a Machico estará presente em duas lojas lisboetas: a 'concept store' Feed, no Beato, e na Xairel, no Príncipe Real.
"Não pretendemos que o projeto seja para grandes massas. Queremos ter produções limitadas e ser um projeto 'slow fashion', sempre assegurando os valores que nos servem de bússola desde o primeiro momento."
Percorra a galeria acima e espreite os primeiros lançamentos da Machico.
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