A notícia caiu que nem uma bomba na quinta-feira e tem feito manchetes por todo o mundo. Ashley Summers, de 35 anos, estava com o marido e as duas filhas quando começou a sentir-se desidratada e com dores de cabeça. Depois de beber quatro garrafas de água em 20 minutos, a mulher acabou por morrer devido a uma intoxicação rara, designada hiponatremia.
A tragédia tem feito manchetes por todo o mundo e levado várias pessoas a refletir sobre a situação. Alina Fernandes, nutricionista do Hospital Lusíadas Porto, afirma que a ingestão excessiva de água pode resultar num quadro de hiponatremia, ou seja, na descida da concentração de sódio no sangue. Náuseas, vómitos, cólicas, confusão mental e fadiga são alguns dos principais sintomas. E, "caso a hiponatremia fique mais grave, podem verificar-se espasmos e convulsões, e, em casos mais graves, coma e morte", pode ler-se num artigo do portal Cardio 365º.
De qualquer forma, Alina Fernandes faz questão de tranquilizar a população, sublinhando que "o risco de sofrer de hiponatremia é baixo e, na maioria dos casos, a condição pode ser tratada e, desta forma, as situações perigosas são facilmente evitadas". A nutricionista explica que a ingestão excessiva de água pode também levar a uma sobrecarga renal ou a um edema cerebral. "Contudo, para estas situações extremas ocorrerem uma pessoa saudável precisa de consumir cerca de sete litros em muito pouco tempo."
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Explica também que é necessário ter em consideração a água presente nos alimentos, assim como dados pessoais, como idade, peso, nível de atividade física, clima, função renal e grau de hidratação.
Recorde-se que, para que não haja desidratação do organismo, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar recomenda a ingestão de 2,5 litros de água por dia para homens adultos e dois litros para mulheres adultas. Por cá, a Direção-Geral da Saúde aconselha o mesmo.
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