Este sinal de alerta precoce de Parkinson afeta-o e nem se apercebe

É o que dizem investigadores dos Estados Unidos e da Bélgica.

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Notícias ao Minuto
29/08/2023 23:00 ‧ 29/08/2023 por Notícias ao Minuto

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Saúde

Sofre de prisão de ventre com frequência? Temos más notícias para si, caro leitor. Investigadores dos Estados Unidos e da Bélgica sugerem que problemas intestinais podem ser um sinal de alerta precoce de doença de Parkinson em alguns casos.

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De acordo com os cientistas, obstipação, dificuldade para engolir e intestino irritável podem ser indicadores de condições cerebrais. As descobertas, publicadas na revista científica Gut, revelam evidências claras sobre a ligação entre o intestino e o cérebro. Os investigadores acreditam que entender a relação entre os dois órgãos poderá permitir um tratamento precoce do Parkinson, a doença neurodegenerativa que mais prevalente a seguir ao Alzheimer, que afeta já cerca de 20 mil portugueses. Estima-se, inclusive, que nas próximas três décadas este número possa duplicar. 

Doentes diagnosticados com esta patologia não possuem dopamina (um neurotransmissor associado ao prazer) suficiente no cérebro, uma vez que algumas das células nervosas que deveriam produzir o neurotransmissor estão danificadas. A carência desta substância pode causar tremores, movimentos lentos e arrastados, bem como rigidez muscular. Como a doença não tem cura, os tratamentos disponíveis apenas ajudam a reduzir os principais sintomas e a manter a qualidade de vida durante o maior tempo possível.

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Esta equipa de investigadores analisou os registos médicos de 24 624 americanos com Parkinson e comparou-os com um grupo de pessoas com Alzheimer, outro de indivíduos com hemorragia cerebral e, por último, com pessoas saudáveis. Foi então que concluíram que quem apresentou problemas gastrointestinais tinha maiores hipóteses de desenvolver a doença, especialmente aqueles com obstipação.

Ainda assim, "continua a ser possível que tanto as condições gastrointestinais como a doença de Parkinson estejam ligadas a um terceiro fator de risco ainda desconhecido, já que o estudo não atribui relação entre causa e efeito. No entanto, as conclusões podem ter relevância clínica e certamente deverão levar a estudos adicionais", explica, em entrevista à BBC, a investigadora Kim Barret, da Universidade da California Davis, nos Estados Unidos, que não esteve envolvida no estudo.

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