Cinco conselhos para prevenir lesões da coluna vertebral
Nelson Carvalho, membro da direção da Secção da Coluna Vertebral da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, assina este artigo de opinião.
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Lifestyle Artigo de opinião
O Dia Internacional das Lesões da Coluna Vertebral é comemorado a 5 de setembro desde 2016, altura em que foi criado pela International Spinal Cord Society. Todos os anos há um tema em foco, sendo o deste ano o acesso dos doentes aos serviços que tratam as lesões vertebromedulares, simplificando procedimentos, com ganhos em eficiência clínica e qualidade de vida.
Muito há a fazer no nosso país, no acesso destes doentes ao SNS para o tratamento imediato e, depois, no seguimento em unidades de reabilitação. São poucos os hospitais que têm equipas dedicadas ao trauma vertebromedular, disponíveis 24 horas por dia. Para além disso, a referenciação dos doentes a centros especializados é difícil, dependente de uma vaga de internamento nem sempre disponível a curto prazo, levando a internamentos mais prolongados no hospital onde se tratou a lesão inicial, ocupando uma cama cirúrgica onde não se tem muitas vezes a melhor reabilitação. As administrações hospitalares e os profissionais de saúde fazem o que podem, com os meios que têm ao dispor, apelando sempre a um maior investimento nesta área.
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É preciso fazer mais, inclusivamente com o envolvimento da sociedade civil, isto é, todos nós. Podemos contribuir doando para as diversas associações dos hospitais e centros de reabilitação, com voluntariado para ajudar a cuidar destes doentes e, sobretudo, alertando e consciencializando para os comportamentos perigosos.
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Numa palavra, prevenção. Ficam alguns conselhos:
Prevenção na condução: cumprir as regras do código da estrada, chamando-se a atenção para o uso do cinto de segurança e o cumprimento dos limites de velocidade. Não usar o telemóvel;
Prevenção nos mergulhos: verificar a profundidade do local e não mergulhar em águas rasas com menos do dobro da altura; mergulhar apenas em locais vigiados e iluminados; assegurar-se de que não existem obstáculos como rochas ou bancos de areia; evitar comportamentos de risco como mergulhar de costas ou em corrida; não beber bebidas alcoólicas antes de mergulhar; no mar não se atirar de cabeça, entrar sempre primeiro a andar; na piscina escolher o local onde vai mergulhar de acordo com a profundidade, não correr em redor da piscina e respeitar sempre a sinalização;
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Prevenção de quedas: principalmente na população idosa, dada a prevalência de osteoporose. Em casa, tirar os tapetes do chão, substituir as banheiras por bases de duche e não subir aos armários com ajuda de bancos (na população rural, não subir às árvores). Atenção especial aos degraus das escadas. Se a marcha for deficiente, fazer uso de bengala, canadiana ou andarilho;
Não desvalorizar os traumatismos: na persistência de queixas, procurar ajuda especializada para ter um diagnóstico e evitar agravamento de lesões;
Procurar ter uma vida ativa com exercício físico, adequado à idade: o fortalecimento dos músculos faz com que estes protejam a coluna e a mobilidade articular dá amplitude, 'lubrificando' as articulações. Nos mais idosos, preconizam-se as caminhadas, o pilates e a hidroginástica.
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