Está a chegar ao fim mais uma edição de ModaLisboa, evento que começou na passada quinta-feira, e no último dia, ou seja, este domingo, estão em destaque alguns designers portugueses, como Luís Carvalho e Gonçalo Peixoto, assim como outros criadores de áreas distintas, como Olga Noronha.
Falamos de uma artista multifacetada, com licenciatura em Design de Joalharia, mestrado em Investigação em Design e, além de tudo isto, um doutoramento. Durante os últimos anos, assinou múltiplas exposições e publicações nacionais (e internacionais) em áreas como design, ciência e arte. Muitas das suas obras integram diferentes coleções privadas e públicas.
Leia Também: Paris pôs o outono em espera. Eis os momentos-chave da Semana da Moda
Normalmente, o seu trabalho reconfigura e reimagina o corpo e, entre os seus projetos mais conhecidos e vanguardistas, estão as peças de joalharia medicamente prescrita. Participa na ModaLisboa, com as suas criações que juntam arte, joalharia e fisiologia humana, desde 2013.
Para saber mais sobre a apresentação de hoje, o Lifestyle ao Minuto entrevistou a artista que irá transformar o Pátio da Galé, em Museu de Arte Contemporânea da ModaLisboa, criando uma experiência que guia "os visitantes/convidados ao ponto mais profundo da alucinação hipnagógica" (alucinações que acontecem ao adormecer).
Revelou ainda que a performance inclui a participação de 'Crystal Beings', as personagens recorrentes do universo de Luísa Mota, artista visual. Tratam-se de seres prateados e representam um espaço paralelo ao mundo físico.
Olga explica ainda que, "nesta série, apenas a arte e a fisiologia humana coexistem" e estarão em destaque "esculturas, suspensas e no corpo, que materializam alucinações hipnagógicas".
Leia Também: Espreite o resumo da Semana da Moda de Milão (foi recheada de novidades)
Deu o nome 'HYPNAGOGIA' - o conceito define o período entre a vigília e o sono - a esta série e descreve-a explicando que, "no momento de adormecimento, sono NREM, as alucinações hipnagógicas tomam conta dos sentidos visuais, táteis e auditivos, revelando figuras vívidas de fortes tonalidades e altos contrastes, imagens quiméricas com as mais diversas formas fluídas e harmoniosas ou, para outros, geométricas e exatas".
Para a criação desta série, a artista apostou em múltiplas técnicas de escultura e em materiais como celluloid e "pintura química, um novo material inventado por mim para esta série e que será ainda mais explorado no futuro", faz sobressair.
Falando sobre o futuro, Olga Noronha revela que os planos envolvem "principalmente trabalhar cada vez mais com e para museus e colecionadores de arte".
Leia Também: 61.ª ModaLisboa arranca hoje. Já sabe o que vestir? Reunimos 30 sugestões
